terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Adeus 2008. Bem-vindo 2009!


É desta forma que quero exprimir um grande adeus a mais um ano que, pessoalmente, decorreu muito bem, mesmo perante a crise económica e social que está a abalar o mundo.

Na vida nada é perfeito, ou até pode ser, depende do que desejamos dela. A perfeição é relativa e subjectiva e por isso desde que estejamos vivos e com saúde nada pode correr mal. É assim que eu olho para a vida. E penso que ela me responde da mesma forma.

Nós atribuímos o valor das coisas, sim das coisas. Da roupa, dos sapatos, dos automóveis, das viagens, das casas, etc. E se em determinada altura deixam de estar tão acessíveis à nossa carteira parece que tudo corre mal. Parece que os pilares da nossa vida desabam. A necessidade não se compara e nem se equipara ao luxo.

Necessidade é ter e manter um emprego. Luxo é ter mais do que um emprego (daqueles que são muito bem pagos). Necessidade é precisar de comer para subsistir. Luxo é comer gelados, rebuçados e chocolates. Necessidade é precisar de um veículo para deslocações. Luxo é ter um BMW ou um Ferrari (marcas referidas ao acaso).

Poderia continuar com as analogias mas penso que transmiti a ideia: o que realmente importa somos nós! As pessoas. As coisas são apenas coisas.

Por isso nada de lamentações em 2009 e pensamento muito positivo sempre! Mesmo que pareça que a vida não vai melhorar o importante é desejar muito, e trabalhar nesse sentido. De braços cruzados não se concretizam os sonhos, é preciso torná-los reais mesmo que para isso seja necessário tempo. Este torna-nos sábios. E os sábios depressa alcançam a felicidade. E no fundo é o que todos nós desejamos.

Um ano novo muito motivado, muito activo, com teorias viradas em práticas e sempre com bastante saúde!

Viva 2009! Adeus 2008...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

"Credo, estiveste a cozinhar?!"


Esta deve ser, suponho, a reacção de quem "sofre o atentado" do novíssimo e único perfume com cheiro a hambúrguer, lançado pela cadeia de fast food Burger King. Segundo a marca, a sanduíche Whopper é a favorita dos norte-americanos e desta forma poderiam satisfazer o público masculino que a partir de agora podem exaltar aroma de hambúrguer.

O que eu gostava de saber é como é que a Burger King descobriu que as mulheres gostavam de homens a cheirar a comida! E ainda por cima hambúrguer! Não existe nada mais sexy do que um homem a transpirar carne, gordura e molho... (será que as batatas fritas também estão incluídas?)

Melhor, gostava mesmo de saber se realizaram estudos prévios ao lançamento, onde foram realizados e quem participou da amostra.

Pessoalmente, considero a ideia ridícula e duvido que o sucesso corresponda às expectativas. As ferramentas de marketing à disposição das marcas são infindáveis e esta não me parece que tenha sido a aposta mais feliz. Associar comida (fast-food) a um segmento completamente oposto, como o dos perfumes, é arriscado.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Antes e depois


Hoje tive a sorte de conseguir uma consulta de imagem oferecida pela Academia Looking, a primeira escola de consultadoria de imagem em Portugal. A sessão decorreu na loja The Lab, no Chiado, num ambiente descontraído e bem simpático.

Em primeiro lugar devo realçar que fui extremamente bem recebida e as consultoras fizeram questão de proporcionar o "meu espaço", isto é, fiquei de imediato à vontade. Em segundo lugar enfatizo a importância e a utilidade de acções do género, que ajudam de facto as pessoas a melhorar o seu dia-a-dia.

A consulta deu início com o teste das cores. Este teste consiste em aplicar junto ao pescoço (no lugar de uma camisola) várias amostras de cores em tecido. Das cores quentes às frias, passando pelos tons pastéis ou tons mais picantes. Diverti-me imenso a fazê-lo e descobri que as cores que eu mais gosto são de facto as "cores da minha cara". A título de curiosidade, as cores branco, preto e cinzento escuro são consideradas neutras, ou seja qualquer pessoa pode utilizá-las.

De seguida passamos ao rosto, ou seja, à maquilhagem. Não sou pessoa que use maquilhagem diriamente por isso estive particularmente bem atenta. Após ter ficado maravilhada com cada etapa do processo de maquilhagem (pois cada vez que me olhava no espelho via uma Marlene melhorada) concluí que não é necessário "perder" muito tempo para sairmos de casa com um rosto mais luminoso e simplesmente mais bonito. Não é uma perda de tempo mas antes um pequeno investimento na nossa aparência e, com efeito, na nossa boa disposição!

Para terminar... o guarda-roupa. Após algumas perguntas que permitem às consultoras ficar a conhecer-nos melhor são tiradas as nossas medidas para que seja possível o aconselhamento personalizado. Descobri que ando a cometer alguns erros nesta área mas nunca é tarde para emendar. E com toda a certeza vou seguir as sugestões que me foram propostas pois o que todos nós queremos é sentirmo-nos bem e confortáveis, transparecendo uma boa imagem, adequada à nossa personalidade.

Queremos mais iniciativas assim!

Os meus sinceros parabéns pela ideia! Não apenas interagem directamente com o público como deixam bem marcada a importância da imagem e como pode um consultor de imagem ajudar-nos. Mais eficaz do que a publicidade pura e dura é mesmo o relacionamento com o potencial cliente e a experiência proporcionada. Depois, segue-se o passa a palavra de quem passou uns momentos muito agradáveis com pessoas simpáticas que nos ajudaram a troco de nada.

Obrigada Academia Looking!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Em tempo de crise como comunicam as empresas?


Perante a grave crise económica que está a atingir o mundo inteiro como encaram as empresas o factor comunicação?

Costuma dizer-se que em tempo de crise a publicidade é mais agressiva do que nunca. E quem diz a publicidade diz o marketing e a comunicação a um nível generalizado. De facto, todos os dias tenho de esvaziar a minha caixa de correio que ao cair da noite está atulhada de folhetos promocionais. O marketing directo está em alta em todos os seus canais: telefone, correio, sms, correio electrónico, ipod... As marcas querem chegar furiosamente ao consumidor, mesmo que tenham de ir "pescá-lo" à concorrência.

Estamos a sofrer um "ataque" na forma como as empresas se comunicam. Senão vejam esta história. Recentemente, recebi um telefonema de um agente comercial da ZON que após pedir para, supostamente, confirmar os meus dados pessoais para a base de dados (necessito de referir que não sou cliente da marca) relata os produtos da marca, situação típica de telemarketing. No final do discurso agradeço-lhe o telefonema mas informo que necessito de tempo para ponderar se se justifica, no meu caso, mudar de operador. Para terminar peço que lhe telefone novamente para saber a minha decisão.

Surpresa das surpresas, passados um ou dois dias, tenho o mesmo comercial a bater-me à porta (sem aviso prévio e sem segundo telefonema efectuado) para assinar contrato com a ZON.

Obviamente que demonstrei o meu desagrado pela sua atitude e pedi-lhe que fosse embora pois decidi manter o meu operador.

As empresas possuem de tal modo objectivos comerciais intangíveis que chegam a estes cúmulos, tocam mesmo no ridículo. As vendas dependem da forma como comunicamos, não é novidade.

Não existe comunicação mais directa que o face-to-face e é desta forma que as marcas, as grandes marcas nestas situações, se querem comunicar??? Com que imagem fiquei eu desta empresa?

E se por acaso eu fosse uma pessoa menos informada e bastante crédula? A esta hora estaria a receber duas facturas de empresas distintas mas fornecedoras dos mesmos serviços.

Reflexão. Aumento de reflexão é o que as empresas devem fazer numa altura como esta. As micro porque o orçamento não comporta valores dedicados à comunicação mas também porque não devem ficar na sombra; as PME's, que constituem a esmagadora maioria do tecido empresarial português, porque necessitam de definir as linhas de comunicação e intensificá-las de acordo com os objectivos definidos; e as grandes empresas para que não sigam o exemplo acima referido, para que não se deixem ridicularizar na ganância de "roubar" novos clientes.

Caso contrário, um dia destes é provável que me bata à porta uma cara bonita como a da imagem e não, não para roubar a casa mas para "ganhar" um cliente...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Comunicação interna in(eficaz)

Recentemente, tive a oportunidade de conhecer de perto uma das maiores empresas portuguesas. Com o meu olho de analista no que concerne à comunicação pude constatar que, infelizmente ao que esperaria dada a existência de um complexo departamento de comunicação, existem graves falhas a este nível.

Numa organização de elevada dimensão torna-se mais complicado manter o nivel de comunicação interna no patamar desejado, pois os interlocutores são demasiados. Mas não é impossível. E numa empresa que constantemente efectua investimentos nesta área não se admite que tal situação se verifique.

A meu ver, este é um dos maiores pontos fracos do tecido empresarial português, entre outros como a conjectura económico-política e o atraso tecnológico. A comunicação interna é tão ou mais importante que a comunicação externa. Se a organização não funciona a 100% no seu interior que imagem irá transmitir aos clientes e parceiros de negócio?

Se as mensagens que circulam no seio da empresa não são recebidas por todos os colaboradores da mesma forma ou nem todos a recebem, como poderão trabalhar em equipa efectivamente? Logicamente, há informações que se destinam a determinados cargos, nomeadamente de chefia, e por isso nem todas são do interesse geral. Contudo, anotei também que mesmo entre chefes existem "formas de leitura" distintas. Naturalmente, numa empresa que procura a homogeneidade na execução de tarefas dificilmente a alcançará.

A empresa é um todo, é uma equipa só, não são somente as chefias. Nenhuma empresa funciona só com chefes, directores, gestores, etc. É necessário implementar uma verdadeira comunicação interna (nos dois sentidos empresa-colaborador/colaborador-empresa), envolver todos os colaboradores, mostrar-lhes que todos vestem a camisola mas com posições diferentes.

No geral, os empresários portugueses ainda têm um longo caminho a percorrer no que concerne à visão global da organização. Mas ainda bem que existem as excepções (assim que encontrar darei a saber).

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Grande Nelson Évora


É verdade, sempre conseguimos a tão desejada medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2008. Muitos parabéns ao Nelson Évora por todo o seu esforço!

Sinto-me orgulhosa de ser portuguesa nestes momentos de glória, em que o vencedor tem a capacidade de ser humilde ao deixar transparecer o bom coração e a força do acreditar.

Parabéns também a toda a equipa que deu o seu melhor nestes JO!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Vamos apoiar a equipa olímpica?


No dia em que Gustavo Lima anuncia que vai deixar a vela por falta de apoios eu questiono: porque razão não apoiamos nós (portugueses) a equipa olímpica em Pequim da mesma forma que a apoiamos a selecção de futebol nas competições internacionais?

Gostaria de ver uma campanha e um apelo tão grandes como no Euro 2004. Mas não. E ainda por cima tenho ouvido e lido comentários de portugueses que consideram o esforço dos atletas em Pequim uma perda de dinheiro dos contribuintes.

Afinal que importância atribuimos ao desporto? Ou para os portugueses desporto é futebol? A julgar pelas páginas dedicadas ao futebol nos jornais diários eu diria que sim. E a julgar também pelos milhões de euros envolvidos na camada futebolística de facto parece-me que os atletas que integram a equipa olímpica estão a esbanjar os parcos apoios que lhes são concedidos.

Como é que é possível exigir medalhas de ouro quando não depositamos confiança nem apoiamos os nossos atletas nos Jogos Olímpicos? E se e quando perdem afirmamos " Já estava à espera".
Mesmo a prata de Vanessa Fernandes foi recebida com algum desagrado... "Se fosse o ouro seria bem melhor"

Sonho que um dia Portugal será um país unido em todas as vertentes, que um dia vamos orgulhar-nos de sermos portugueses e vamos varrer o sentimento de pequenez e de derrota que demonstramos constantemente face aos estrangeiros. Ser nacionalista q.b. é algo de bom pois não conheço nenhum país dito mais desenvolvido e com um nível de vida superior ao nosso em que os habitantes não se orgulhem da sua bandeira.

Uma coisa é certa: enquanto esta mentalidade permanecer Portugal não avança. Espero que a próxima geração tenha mais sorte com as políticas governamentais (e políticos que, ao invés de fingir, adorem ser portugueses) para que se orgulhe de ser a juventude de Portugal.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Banhos grátis no Festival do Sudoeste


Há uns dias atrás tive a oportunidade de assistir a um directo do CC, na SIC Radical, onde filmavam a Sapo Wash, a "tenda" de banhos grátis da Sapo, marca da Portugal Telecom. Uma ideia super original* que se encaixa na perfeição com o festival da Zambujeira do Mar.

A única peça de roupa recomendada é o fato de banho e a partir daí é só entrar na pista de auto wash, inspirada na tradicional lavagem automática para automóveis, e saborear o momento de pura diversão e frescura ao mesmo tempo que se cuida da higiene pessoal. Sim, porque não deve ser fácil manter o corpo limpo no meio de tanto pó e de tanta confusão (se assim não fosse o festival não seria a mesma coisa). Quando tiver oportunidade irei ao Sudoeste e espero que ainda exista a Sapo Wash, pois não resistirei a um super banho automático!

Esta não é a única presença da marca no festival de Verão. Outras iniciativas como Sapo on Ice, o Palco Sapo Positive Vibes, as Barraquinhas Sapo e a Internet no Parque de Campismo marcam com distinção os pontos da Sapo no recinto de um dos maiores festivais portugueses de Verão.

Os meu parabéns à Sapo por esta iniciativa!
Será que também estarão presentes no Avante?

* O sapo Wash está presente no Sudoeste pela 2ªvez e com novidades relativamente à edição passada, mas para mim continua a ser bem original

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Gelado do Ano eleito pelos consumidores


Numa iniciativa de marketing relacional, a Unilever Jerónimo Martins está a pedir ajuda aos consumidores da marca de gelados Olá para eleger o Gelado do Ano.

Aos "Calippianos, Cornettalistas e Magnumaníacos" pede-se o favor de votarem por SMS ou via online. Infelizmente, acabo de visitar o site da marca e não encontrei a votação disponível. Ainda me questiono por que razão as empresas insistem em divulgar informação que não se verifica na prática...

Contudo, apesar da ideia não ser uma novidade, é a primeira vez que a marca lança este género de iniciativa aos seus clientes. Para mim ganham os três! Gosto de todos com o mesmo grau de intensidade. O "velho" Calippo lembra-me os meus tempos de infância, a satisfação de refrescar a boca nos dias mais quentes. O Cornetto é o gelado do ano inteiro pois adoro o cone de baunilha! O delicioso Magnum apetece numa saída à noite, num momento de descontracção...

A experiência de envolver o consumidor final em determinadas acções da organização é algo que não pode ser descurado nos dias de hoje. O cliente gosta de ser mimado de todas as formas e esta é uma delas, atribuindo o voto decisório. É este o objectivo do marketing relacional: incrementar as relações entre a empresa e os consumidores. As pessoas gostam de sentir que não estão apenas a dar lucro à marca da qual são clientes. No marketing relacional o cliente é visto como parte integrante da estrutura empresarial e por isso deve ser motivado a interagir. O seu "dever/direito" já não é apenas o de comprar.

Uma excelente forma de fidelizar o cliente, mesmo que a curto prazo, caso a estratégia de relacionamento seja descontinuada.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Apple? É giro e está na moda


Mesmo antes de ser lançado o tão aguardado iPhone já se viviam momentos de euforia sobre tão pequeno objecto. E não é por acaso que, nos pontos de venda das lojas multimarcas de informática, o sector Apple se destaca dos demais. Não sei... é mais clean, mais apelativo. Nas telenovelas, nos filmes e no cinema também costuma aparecer o sofisticado computador branco que transporta o símbolo de tão apreciado fruto, a maçã. É giro e está na moda. De uma forma subliminar ou não, a marca faz-se sentir pela diferença. .

Eu tenho de congratular a marca pela estratégia de comunicação que delineou. Mas afinal que diferença é essa? Não sou o que se pode chamar uma fã da marca, nem cliente sou. Mas tenho em casa um grande fã e cliente Apple, que todos os dias me lembra que o seu computador é melhor do que o meu. Para ser sincera, não possuindo aptidões que me permitam confirmar a afirmação, para mim tanto faz.

No entanto, à primeira vista, é possível notar diferenças que transmitem ao cliente Apple (nomeadamente Macintosh) sentir-se "especial". O packaging é elegante e discreto, o objecto é sofisticado, design simples mas actual, de inspiração minimalista. Detalhes, como o cabo de alimentação e o tipo de conexão (em íman) fazem toda a diferença. Mesmo eu, que não dou importância a esses pormenores, fiquei a apreciar o conjunto, onde não falta o pano para limpar o computador.

O elevado preço tem de ser justificado (não estou a afirmar que a marca não apresenta uma relação justa qualidade/preço) . Mas este é mais um elemento diferenciador da marca: o preço. O facto de ser mais elevado não permite a qualquer pessoa ser cliente da marca. De novo o sentimento de ser "especial" ao comprar um produto Apple.

Em visita à loja da Apple em NY pude constatar que nos EUA a euforia pela marca é muito superior à que se regista em Portugal. A loucura total! Vendem-se produtos, ministram-se aulas, esclarecem-se dúvidas... Uma panóplia imensa de produtos da marca em todo o espaço e claro, muitos voyeurs como eu.

Consigo entender o sucesso da marca junto do seu público externo (clientes), gostaria de saber se o público interno também apresenta o mesmo grau de satisfação. O que não consigo é explicar como é possível que em tempo de crise económica internacional se esgotem telemóveis de valor superior ao ordenado mínimo nacional. Afinal estamos em crise ou não? Parece que esta conversa da crise é mesmo isso, só conversa, apesar de diariamente lermos na comunicação social dados que reflectem um cenário negro. Ou isso ou alguém conseguiu "escapar" à crise...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

"Aceitar missões sem futuro"


Pode parecer contraditório este último post relativo à obra de Lois Frankel, se ler o anterior. Mas não. É antes um complemento. Na nossa carreira, é provável que a um determinado momento sejamos confrontados com a proposta para uma missão, diria eu, "suicida". Uma missão que não nos leva a lado nenhum e poderá prejudicar-nos a carreira.

No seu livro, Frankel refere o exemplo de uma cliente que havia sido convidada a ser transferida da sede do grupo onde trabalhava para uma empresa mais pequena e em situação deficitária no mesmo grupo. Ansiosa por mostrar capacidade de adaptação e movida pela ambição aceitou num abrir e fechar de olhos.

Após 8 meses a empresa foi vendida e a cliente de Frankel acabou por ficar numa empresa mais pequena e menos prestigiada. A leitura de Frankel é que o convite foi feito à sua cliente por três razões: 1) é mulher, 2) é nova, 3) é ingénua.

"Nunca aceite um cargo sem saber que perspectivas ele lhe oferece. Procure obter informações sobre a estratégia empresarial para o serviço ou departamento em causa, (...) as razões por que o lugar ficou vago e as potenciais saídas que oferece.
É preferível correr o risco de recusar um lugar em que outros já falharam ou que não tem interesse para a sua carreira. Só poderá escolher em consciência se fizer previamente o trabalho de casa, ou seja, obtiver o máximo de informações.
No momento de aceitar ou de recusar a proposta, pondere os seguintes factores decisivos:

1. O cargo permite-lhe manter-se em contacto com a direcção/administração
2. Apresenta-lhe a possibilidade de singrar num prazo que oscila entre um ano e um ano e meio
3. As suas aptidões excepcionais permitir-lhe-ão transformar um beco sem saída numa via de acesso rápido ao êxito (aconselho a ler a mensagem anterior)
4. O cargo permitir-lhe-á ampliar a sua rede de contactos de modo assinalável
5. Não tem nada a perder"

Pondere sempre os prós e contras antes de tomar a decisão definitiva.

E com este post chega ao fim a minha selecção de 8 erros fatais a qualquer carreira, retirados do livro " As Boas Raparigas Não Sobem na Vida" da Dra. Lois P. Frankel (uma leitura obrigatória da editora Lua de Papel, 2007).
Convido-vos agora a ler ou reler as mensagens anteriores.

Espero que estas dicas vos ajudem na vossa vida profissional, para que consigam melhorar ou aumentar o nível de comunicação no interior da empresa, a começar por vós próprios. Se o meu objectivo foi cumprido amanhã estarão a impressionar os vossos colegas com a vossa mudança de atitude face ao trabalho.

Sejam um exemplo e não esqueçam a chave do sucesso.

Desejo-vos boas carreiras!

"Recusar tarefas importantes"


Quantas vezes não sonhamos ser promovidos a um determinado cargo ou à realização de certa tarefa e quando finalmente surge a oportunidade... hummmm, não sei se estou preparada. Esta incerteza pode ser fatal na progressão da carreira.

Arrisque. Não deixe escapar preciosos convites como estes! "Quando lhe pedem para colaborar na organização de uma reunião importante, por exemplo, ou fazer a apresentação de um produto ou serviço a um cliente exigente, ou ainda para apresentar um projecto à administração da empresa, estão a atribuir-lhe tarefas honrosas e de grande visibilidade a que não pode esquivar-se" (Lois Frankel, em obra referida anteriormente).

Pela minha experiência, sei que ao recusarmos estamos a admitir que:
a) Não somos capazes de desempenhar a tarefa
b) Não temos auto-confiança
c) Gostaríamos antes de ser "promovidos" a outro cargo ou tarefa (porque a galinha da minha vizinha é mais gorda do que a minha)
d) Afinal de contas não pretende ser promovido (mesmo gostando mais de outro cargo não pode ter medo de nenhum outro), senão teria aceite e provado a si mesmo e aos outros que executar a tarefa ou cargo é "canja"

As dicas de Lois Frankel:

"Nunca recuse um convite para participar numa reunião ou intervir numa negociação (...) Estará a investir no seu futuro.
Se lhe propuserem um cargo ou tarefa novos, aceite-os. Se os outros confiam em si para desempenhar satisfatoriamente aquilo de que a incubem, não há razão para a leitora pensar o contrário.
Candidate-se a projectos que, embora envolvam riscos, sejam promissores no plano de evolução da carreira. (...)
Ofereça-se para apresentar projectos às instâncias dirigentes (...) Para obter reconhecimento, é vital dar-se a conhecer aos decisores.
Habitue-se a ver os quadros dirigentes da empresa como clientes. Aprenda a identificar-lhes as necessidades e a saber satisfazê-las."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"Ser incapaz de definir a sua imagem de marca"

Após 15 dias sem dar notícias aqui estou eu de regresso de férias, um pouco mais morena.

E de regresso também estão as dicas de Lois Frankel sobre como ser bem sucedido profissionalmente. Neste post a mensagem é sobre a imagem de marca de cada um de nós. Quando lhe perguntam "Qual é a sua principal competência?" o que responde? Se não souber responder objectivamente a esta pergunta é porque ainda não ter a sua marca definida.

Peter Montoya, responsável editorial da revista Personal Branding escreveu que "uma marca é uma promessa de desempenho que cria expectativas naqueles a quem de dirige. Definida com cuidado, ela revela de forma inequívoca os valores, a personalidade e as qualidades de quem está por trás"

Dicas de Lois Frankel:

"Elabore uma lista de três a cinco tarefas que mais prazer lhe dêem no trabalho. Regra geral, é-se muito bom quando se gosta do que se faz. Definir as suas principais competências ajudá-la-á a orientar a sua carreira na direcção certa."

Repetir em voz alta essas competências revelar-se-á útil quando precisar de expô-las fluentemente e com confiança no momento certo.

Boa sorte na definição da sua imagem de marca!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Conferência sobre Comunicação de Responsabilidade Social. O que se faz e o que devia ser feito...


Decorreu ontem, no auditório Montepio em Lisboa, a conferência que debateu a forma de comunicar a responsabilidade social. Esta iniciativa do Montepio e da APCE (Associação Portuguesa de Comunicação da Empresa) faz parte de todo um conjunto de actividades da Semana da Responsabilidade Social promovida pelo mesmo banco. Contou com a presença dos responsáveis de comunicação de várias empresas portuguesas, desde os sectores financeiro, industrial, serviços e terminando nas ONG's. Os meus parabéns a toda a organização!

Após ter tomado conhecimento das acções de responsabilidade social levadas a cabo pelas várias empresas representadas na conferência confesso que no final fiquei um pouco desiludida (contudo, a informação transmitida e debatida foi bastante interessante). Isto porque no início do Painel I, Fernando Ribeiro Mendes, Presidente da RSE Portugal e moderador da mesa, lançou o desafio aos convidados de demonstrarem que a responsabilidade social não é: marketing, não são RP's, não é publicidade. Este grande desafio ficou sem resposta.

Todos concordaram com o facto de este ser um tema mediático e que por isso é difícil definir onde encaixá-lo na organização. E ficou também bem claro, como referiu Luís Barbosa presidente de Cruz Vermelha, que ou esta questão está enraizada no seio da empresa, faz parte desta assim como o lucro, ou então não adianta tentar "promover" acções do género.

As grandes marcas já perceberam há algum tempo, apesar de muitas só se debruçarem a sério neste assunto há poucos anos, que não podem fechar os olhos aos problemas sociais, aos problemas ambientais, à sustentabilidade. Esta última foi uma palavra "gasta" no final da conferência.

"Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço" parece-me ser o provérbio que melhor descreve o meu sentimento no caminho de regresso a casa. O discurso de encerramento de Sofia Santos, consultora e directora da revista Impactus, foi bastante elucidativo do que acabo de escrever. Como é que as instituições financeiras podem ser socialmente responsáveis numa época de crise económica se o seu core business é "vender" dinheiro? As pessoas encontram-se sobreendividadas e os bancos apresentam de ano para ano lucros cada vez mais elevados... Onde está a verdadeira responsabilidade social?! A própria directora de comunicação da Carris, Maria João Branco, admitiu ter utilizado transporte privado para se deslocar à conferência. Utilizem os transportes públicos, deixem o automóvel em casa, andem a pé... mas afinal também não o fazem. Como é que é possível que a mensagem seja bem recebida?

Foi neste sentido que eu fiquei desiludida. Todas as acções apresentadas foram excelentes, bem como os power points agregados, desde o apoio a instituições de solidariedade social, a acções de voluntariado, a considerar uma percentagem do ordenado para ajudar quem precisa, à redução da utilização de papel, água e electricidade, e um esforço junto dos colaboradores com comunicação interna específica. Mas não me provaram que todas essas acções, ou quase todas, não são apenas puro marketing social. Não conseguiram provar que afinal é mais do que passar a imagem de uma empresa que se preocupa, que se esforça para ter o nome estampado (como se de um patrocínio se tratasse) nas iniciativas de solidariedade social, de preocupação ambiental ou desenvolvimento sustentável.

Parece-me que a grande falha da responsabilidade social corporativa, encontra-se no interior das organizações. Como disse Ana Loureiro, directora de comunicação da Valorsul, " é mais difícil mudar internamente". Ou seja, as empresas deviam começar de dentro para fora mas não o fazem pois continua a ser mais fácil, e visível também, levar a mensagem para o exterior.

Se a responsabilidade social faz parte da empresa é essencial que envolva todos os colaboradores, pois estes são o primeiro público de qualquer empresa. E já agora, que o exemplo venha de dentro para fora e de cima para baixo, talvez assim a mensagem seja mais eficaz (não queremos seguir o exemplo do governo de José Sócrates pois não?).

segunda-feira, 23 de junho de 2008

"Pôr o trabalho à frente da vida pessoal"

Para quem não consegue conciliar a vida pessoal com o trabalho leia com bastante atenção as próximas linhas deste post.

Tenho conhecido algumas pessoas que, aparentemente, trabalham o dobro de todos os outros, permanecendo no local de trabalho praticamente 24 horas de dia. Por vezes, só lhes falta mesmo levar o colchão e dormir por lá. Mais tarde, conclui que essas mesmas pessoas só mesmo aparentemente é que trabalham mais do que todos os outros.

O facto de não quererem abandonar o posto de trabalho prende-se com a ausência de vontade em ir para casa, ou porque vivem sozinhas ou porque não lhes agrada o que lá as espera. Em tempos cheguei a invejar essas pessoas pois considerei-as uns "super-heróis". Como conseguem fazer tudo, trabalhar tanto e ainda ter tempo para a família? Hoje, sinto uma certa pena pois penso que no fundo são tristes, não têm mais nada para além do trabalho.

O trabalho é fundamental à nossa saúde mental mas não devemos deixar que se apodere da nossa vida, fazendo com que não exista nada mais importante. Pois bem, eu continuo a considerar a família a base de toda a nossa vida (ou aquele grupo de verdadeiros amigos que são praticamente família).

Se se revê nestas palavras Lois Frankel aconselha:

"Pense duas vezes antes de cancelar os seus planos por lhe terem pedido para o fazer ou por estar atafulhada de trabalho. Avalie todos os prós e contras que isso implicará. Haverá alturas em que não poderá eximir-se a fazê-lo, mas essas situações serão a excepção, nunca a regra.

Nunca cancele compromissos assumidos com os seus filhos por causa de uma solicitação laboral, a menos que o seu posto de trabalho esteja em risco e, mesmo assim, pense duas vezes. É óbvio que, por razões financeiras, não pode arriscar-se a perder o emprego, mas talvez deva interrogar se não estará mais enquadrada numa empresa que preze os valores da família.

Desenvolva passatempos e interesses à margem do trabalho. Se não tem nenhum, invente uma razão que a afaste dele."

Até à próxima mensagem!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

"Dizer a verdade, toda a verdade e só a verdade"



Até parece que estamos numa audiência no tribunal mas não, não é disso que se trata. Mas anda um pouco lá perto... Passo a explicar. É do conhecimento geral que a actividade dos advogados consiste em mostrar "o outro lado" da verdade, mostrar as evidências de uma outra perspectiva e, claro está, expor apenas o que convém. Ora bem, não querendo dizer com isto que o ideal é ser-se advogado do diabo, pretendo que siga o meu raciocínio.

Para dizer a verdade não precisa de mostrar o ângulo que menos favorece, precisa antes de uma descrição honesta e objectiva dos factos. No seu livro, Lois Frankel (LF) indica o exemplo de Anne Mulcahy, presidente e directora da Xerox que cometeu o grave erro de anunciar publicamente que a empresa possuía um modelo negocial insustentável. Como consequência directa as acções em bolsa cairam 26% no dia seguinte. Mais tarde, Anne Mulcahy reconheceu o erro e afirmou que poderia ter anunciado que a empresa reconhece a necessidade de introduzir alterações no seu modelo empresarial.

Ao longo do meu percurso profissional passei por algumas experiências menos agradáveis precisamente por considerar que a verdade não deve ser escondida. E continuo com esta máxima, simplesmente agora consigo perceber a diferença entre "isso é impossível de ser realizado" e "parece-me que o modelo de actuação não é o mais indicado, podemos revê-lo em conjunto". Isto é somente um exemplo daquilo que pode alterar no seu discurso enquanto profissional.

Quando lhe pedirem justificações, por exemplo, sobre determinado projecto que não foi entregue dentro do prazo não significa que tenha de assumir as culpas por inteiro. Para LF uma resposta honesta e apropriada seria: "Por duas ordens de razões essenciais. Primeiro, não tínhamos o pessoal necessário para cumprir um prazo que à partida não era realista; em segundo lugar a informação de que precisávamos para completar os dados que possuíamos só nos chegou dois dias antes do prazo expirar."

Evite pintar o cenário mais negro do que é na realidade, não se martirize quando as coisas correm mal e principalmente não se coloque numa situação defensiva (assim parece mesmo que a culpa é só sua). Aprenda a refutar os aspectos negativos com os positivos ou compare-os. Dar a volta à situação é também uma arte!

Dicas de LF:

Em vez de dizer:1 - Sou forçada a admitir que podia ter feito um trabalho melhor certificando-me de que não iriamos além do previsto no orçamento

2 - Julgo não ser a pessoa certa para o cargo, não possuo todas as qualificações que está a descrever

Diga:
1- Apesar de termos excedido o orçamento, concluímos o projecto antes do prazo

2- É certo que não preencho todos os requisitos para o cargo , mas a minha grande experiência confere-me o perfil adequado


quarta-feira, 18 de junho de 2008

"Manter-se à margem das manobras"


Para quem leu a regra nº1, esta vem no seu seguimento. Se o trabalho é um jogo então não podemos manter-nos afastados das manobras instituídas na empresa.

O que está aqui em causa é "somente" a rede de relações e a capacidade para compreender as trocas e o princípio da reciprocidade inerente às mesmas. Vejamos, se um colega de trabalho lhe pedir ajuda para uma determinada tarefa que será efectuada após o horário de trabalho fica a dever-lhe um favor. Agora ponha em prática a velho ditado "toma lá, dá cá". Assim que surgir a oportunidade não hesite em pedir ajuda ou um favor a esse colega. Lois Frankel denomina "fichas de jogo" a este género de troca por troca.

A nossa rede de relações cultiva-se ao longo do tempo e com todo o tipo de parceiros, quer seja a nível profissional como pessoal.

Conselhos de Lois Frankel para conseguir participar das manobras "políticas" da sua empresa:

"Procure descobrir aquilo que a outra pessoa precisa, o que tem para oferecer e a forma de arranjarem uma solução vantajosa para as duas.
Uma das partes dá uma coisa em troca. Não se fique pelo dar e pense logo no que quer em troca. Não tenha medo de utilizar as suas "fichas".
Saber ceder em questões menores, menos importantes, poderá trazer vantagens a longo prazo. Ao fazê-lo estará a acumular moeda de troca para mais tarde.
Não fuja àquilo que percebe tratar-se de um problema "político" e relacional da empresa. (...) Lide com este tipo de situações de modo a que o vejam como alguém que resolve problemas e não como alguém que é um problema"

Até à próxima mensagem!

terça-feira, 17 de junho de 2008

"Matar-se a trabalhar"

Como o prometido é devido e porque demorei alguns dias a dar continuidade à lista de dicas para o sucesso profissional, aqui estou eu a lançar outro erro que várias vezes cometemos. "Matar-se a trabalhar" é o erro nº3 de Lois Frankel (LF) na obra anteriormente referida. Esta é uma atitude mais comum nas mulheres o que não significa que não haja homens a praticá-la. Pois bem, infelizmente vou ter de dizer que raramente (para não dizer nunca) alguém é recompensado pelo simples facto de trabalhar em excesso.

Se este for o seu caso está na hora de parar! Não continue a massacrar-se, a permitir-se que não tenha vida para além das quatro paredes do seu local de trabalho. Cada vez que pensar se trabalhar mais umas horas hoje, amanhã poderei sair mais cedo desengane-se. Está no caminho errado. Tão pouco isso não irá acontecer (sair mais cedo) como passará a precisar de ficar ainda mais tempo para além do horário normal de trabalho. Uma coisa é surgir uma urgência, algo que não pode esperar pelo dia seguinte, ou alturas em que se registam picos de trabalho e é necessário trabalhar mais. Outra, é sistematizar isto no seu dia-a-dia.

É sinal de que algo não está bem. Se o volume de trabalho é excessivo reveja o seu método de trabalho, peça ajuda, fale com o seu superior e exponha o problema.

LF aconselha:

"Permita-se "perder" um pouco de tempo. Alguma coisa não está bem se não dedicar cinco por cento do seu dia de trabalho a fomentar um clima de bom relacionamento.
Defina as suas horas de trabalho e cumpra-as escrupulosamente. Lembre-se da Lei de Parkinson: O trabalho expande-se consoante o tempo disponível para a sua realização.
(...) Ao iniciar o seu dia de trabalho, defina aquilo que quer concluir: evitará a tendência para se debruçar sobre tudo o que vai caindo na secretária se estipular uma data posterior para o fazer."

"Fingir que não se trata de um jogo"


"Fingir que não se trata de um jogo" é o primeiro erro de Lois Frankel (LF) na construção de uma carreira de sucesso. Na realidade, quando nos encontramos a trabalhar é como se estivessemos num jogo (como aliás grande parte de toda a nossa vida) pois existem regras, limites, vencedores e perdedores. Em cada empresa e em cada departamento existe uma conduta própria e todos nós devemos jogar segundo essa conduta se o nosso objectivo for "ganhar o jogo".

"Em certos locais de trabalho, as regras implícitas incluem: Não se discute com o chefe; Todos trabalham pelo menos dez horas além do horário de trabalho normal; Ser correcto é mais importante do que ter razão; Os prazos são para ser cumpridos, sejam quais forem as circsntâncias; Os orçamentos têm de ser respeitados; O cliente está sempre em primeiro lugar, e por aí fora"

Este pequeno excerto do livro de LF é reflexo do tipo de normas laborais informais que todos, ou quase todos, já conhecemos de perto.

No fundo, quando integramos uma empresa devemos informar-nos sobre as regras vigentes, procurando um mentor que esteja bastante familiarizado com o jogo e que nos possa ajudar no processo de integração. LF aconselha a aprendizagem do xadrez pois é um jogo que permite desenvolver o raciocínio estratégico.

O TRABALHO É UM JOGO e cada um tem as suas próprias regras! O primeiro passo para ser bem sucedido no trabalho está dado. Agora não pode voltar atrás. Termino com mais umas dicas de LF.

"Elabore uma lista das regras do jogo que vigoram no serviço ou na empresa onde trabalha. Tenha presente que elas resumem na maioria dos casos, os comportamentos que se espera que seja o dos recém-chegados desejosos de singrar. Poderá não conseguir pô-las em prática de uma só vez, mas vá observando como interagem as pessoas à sua volta, a forma como os memorandos são redigidos, o ambiente em que decorrem as reuniões, abstraindo-se da maneira como encarava tudo isso no passado."

Até à próxima mensagem!

Reservam-se os direitos das fotos aos seus autores

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O sucesso profissional bate à porta. Saiba como encontrar a chave.


Ao terminar a leitura de As Boas Raparigas Não Sobem na Vida da executive coach norte americana Lois P. Frankel surgiu-me a ideia de publicar alguns pontos-chave do livro. Este é mais um guia de reflexão sobre os erros do quotidiano que a maioria das mulheres comete no local de trabalho e que as impede de progredir na carreira. Frankel descreve 101 erros fatais à carreira de qualquer mulher e para cada um deles propõe soluções.

Sendo o público-alvo desta obra obviamente as mulheres, não pude deixar de constatar que muitos dos erros detectados também se aplicam ao público masculino (pois afinal de contas os homens cometem tantos ou mais erros do que as mulheres mas não sei porquê são sempre desculpados...em outra altura debruçar-me-ei sobre o assunto). Desta forma, as mensagens que se seguem serão o fio condutor dos aspectos que eu considero mais importantes na obra de Frankel.

Pois bem, independentemente do seu cargo profissional existem atitudes menos correctas que toma diariamente. Quer tenha um determinado poder de decisão, ocupe uma posição de chefia ou não o facto é que, durante o exercício da sua função está a representar SEMPRE a organização/empresa para a qual trabalha. Não existem cargos mais importantes do que outros, todos eles são fundamentais para a organização. O que os distingue é o grau de poder e de responsabilidade . Por exemplo: numa fábrica têxtil tão importante é o director, responsável por toda a empresa, como é a costureira, responsável por produzir a peça de roupa. Contudo, o director reúne em suas mãos poder sobre os restantes colaboradores, tomando decisões que afectam o trabalho destes.

A organização é isso mesmo, um conjunto coordenado de pessoas com tarefas distintas que devem ter como objectivo final o sucesso da mesma. Funciona mais ou menos como a família: os membros actuam no sentido da coesão, do entendimento, do funcionamento, ou seja, do sucesso daquele grupo.

Por isso, se o seu interesse é progredir na carreira ou, no mínimo, ser bem sucedido na função que exerce actualmente, anote algumas dicas da bem sucedida consultora de empresários e marcas internacionais.

(fique atento ao próximo post)

http://www.drloisfrankel.com/

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Bon Jovi arrasaram no Rock in Rio - comunicação a todo o vapor!

Para quem teve a sorte de poder assistir aos concertos do dia 31 de Maio no Rock in Rio, no local ou através da TV, esta mensagem pretende mostrar como uma banda de música funciona como uma organização no relacionamento com o público.

Para minha enorme satisfação assisti a todos os grupos musicais que pelo palco Mundo passaram nesse dia. Foram sete longas horas de pé para assegurar um espaço com boa visibilidade e perto do palco, no meio de 75 mil pessoas. No final, este pequeno sacrifício valeu bem a pena!

O primeiro grupo a actuar, os Skank, chega do país nosso irmão do outro lado do Atlântico. Não sou fã da banda e apenas conhecia uma ou outra música. No entanto, o vocalista não poupou esforços para interagir de uma forma simpática e divertida com o público presente (ainda um pouco parco). Os meus parabéns a toda a banda pois souberam sempre conduzir o público para uma participação activa! Dancei e tentei cantar as músicas ao longo do concerto, que foi bem dinâmico e irradiou alegria (mesmo ao jeito do Brasil).

De seguida, Alanis Morissette ficou muito aquém das minhas expectativas. Possuindo Alanis dotes vocais inquestionáveis (por vezes pensei que estivesse a ouvir o CD), a maior parte da sua actuação pareceu-me uma espécie de ensaio, onde o público era algo inexistente. Uma desilusão para mim... A comunicação com a plateia foi muito reduzida o que acabou por tornar enfadonha a sua actuação.

O penúltimo artista a tocar foi o espanhol Alejandro Sanz. Confesso que apenas conhecia um single do artista e que, para mim, acabou por ser o momento alto da sua performance acrescentando o facto de tê-lo cantado em duo com a bela Ivete Sangalo. Apesar de todo o cenário criado, com vozes de suporte que também dançaram, recordo apenas a música Corazon Partido como o momento que mais entusiasmo e delírio causou junto do público.

O melhor para o fim. Por esta altura já não havia espaço vago no recinto do palco Mundo.Os norte-americanos Bon Jovi arrasaram por completo nas duas horas de concerto! Proporcionaram momentos inesquecíveis a quem assistiu bem de perto pois o contacto com a assistência foi muito intenso. Qual Amy Winehouse...que tantas expectativas criou e que tantos fãs desiludiu. Do princípio ao fim da actuação da banda não deixei de ouvir palmas, gritos, e pessoas a acompanhar o vocalista nas letras das músicas. Onde estive pude sentir a adrenalina e o entusiasmo dos milhares de pessoas que assistiram ao concerto. Foi absolutamente incrível!

Já são muitos anos de carreira que os Bon Jovi carregam às costas e a experiência e sabedoria adquiridas são utilizadas no aperfeiçoamento da comunicação com o público. Conseguem sempre surpreender e transmitir energia positiva. Os meus parabéns a toda a equipa! Em palco, tocam para o público e foi a pensar neste que a comunicação atingiu os 100%.

sábado, 31 de maio de 2008

Em Portugal fala-se uma linguagem não convencional

Por estes dias, assisti a mais um episódio demonstrativo de como os portugueses funcionam sob aquilo a que chamo "entendimento intra-cultural". Como cenário temos um prédio, a saída da garagem do mesmo e duas viaturas. Uma das viaturas está no interior da garagem e pretende sair. Por esta altura, já deve ter adivinhado que a segunda viatura encontra-se estacionada em frente ao portão da garagem (onde é obviamente proibido estacionar).

Ao abrir o portão da garagem, o condutor da viatura depara-se com outro veículo a obstruir a passagem. Como esta situação é uma prática recorrente no referido prédio, o condutor vai até à rua e começa a perguntar de quem é o carro estacionado em frente à garagem. De imediato surge o proprietário que responde " Eu até estava com atenção para quando buzinassem!"


Mas desde quando é que uma pessoa tem de buzinar dentro da própria garagem para poder dela sair?!
Preciso de continuar. E acrescentar que o proprietário do veículo que estava na garagem não é português. E por isso, para este não é normal que estas coisas aconteçam, demonstrando na hora todo o seu desagrado e incompreensão (visto o outro envolvido na história, que é português, ter reagido como se isto fosse algo normal).

Esta mesma história já se tinha repetido mas com dois portugueses. Entre os dois, o final foi diferente: o que tinha o carro na garagem buzinou vezes sem conta até aparecer o proprietário do carro mal estacionado. Após ter ensurdecido o prédio inteiro, com toda a certeza, não trocou uma só palavra com a outra personagem, ambos retiraram os carros e cada um foi à sua vida.


Palavras para quê? Parece que é algo normal e que nem vale a pena contrariar, ou tentar pelo menos (sempre assim se fez, para quê mudar?). Esta é apenas uma das muitas situações que se verificam no nosso quotidiano e que me levam a pensar que os portugueses comunicam com um linguagem não convencional e que por isso somos (ainda) menos compreendidos pelos estrangeiros.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

É oficial: tenho o meu blogue!

Após alguns meses de duras conversações internas, rendi-me à inevitabilidade dos blogues. Estes fazem parte do nosso quotidiano há já bastante tempo e como tal tomei a decisão de realizar o meu próprio espaço virtual de partilha de ideias e informação.

Quem me conhece pode confirmar que sou, acima de tudo, apologista e construtora da comunicação, independentemente da forma ou do tipo. Assim, não podia mais fechar os olhos a este revolucionário meio de chegar mais perto e mais rápido aos que não conheço e aos que sei que se interessam por este tema (particularmente relevante uma vez que integra as nossas vidas, todos os dias, em todos os momentos).

Como este é o primeiro post, apenas introdutório, não vou alongar-me muito mais, acrescentando apenas que espero sinceramente a participação activa dos leitores. Comentem, critiquem, agradeçam! Gostem ou não, concordem ou não o objectivo final é sempre a obtenção de retorno (feedback). Por isso, comuniquem SFF!!!