quarta-feira, 30 de julho de 2008

Gelado do Ano eleito pelos consumidores


Numa iniciativa de marketing relacional, a Unilever Jerónimo Martins está a pedir ajuda aos consumidores da marca de gelados Olá para eleger o Gelado do Ano.

Aos "Calippianos, Cornettalistas e Magnumaníacos" pede-se o favor de votarem por SMS ou via online. Infelizmente, acabo de visitar o site da marca e não encontrei a votação disponível. Ainda me questiono por que razão as empresas insistem em divulgar informação que não se verifica na prática...

Contudo, apesar da ideia não ser uma novidade, é a primeira vez que a marca lança este género de iniciativa aos seus clientes. Para mim ganham os três! Gosto de todos com o mesmo grau de intensidade. O "velho" Calippo lembra-me os meus tempos de infância, a satisfação de refrescar a boca nos dias mais quentes. O Cornetto é o gelado do ano inteiro pois adoro o cone de baunilha! O delicioso Magnum apetece numa saída à noite, num momento de descontracção...

A experiência de envolver o consumidor final em determinadas acções da organização é algo que não pode ser descurado nos dias de hoje. O cliente gosta de ser mimado de todas as formas e esta é uma delas, atribuindo o voto decisório. É este o objectivo do marketing relacional: incrementar as relações entre a empresa e os consumidores. As pessoas gostam de sentir que não estão apenas a dar lucro à marca da qual são clientes. No marketing relacional o cliente é visto como parte integrante da estrutura empresarial e por isso deve ser motivado a interagir. O seu "dever/direito" já não é apenas o de comprar.

Uma excelente forma de fidelizar o cliente, mesmo que a curto prazo, caso a estratégia de relacionamento seja descontinuada.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Apple? É giro e está na moda


Mesmo antes de ser lançado o tão aguardado iPhone já se viviam momentos de euforia sobre tão pequeno objecto. E não é por acaso que, nos pontos de venda das lojas multimarcas de informática, o sector Apple se destaca dos demais. Não sei... é mais clean, mais apelativo. Nas telenovelas, nos filmes e no cinema também costuma aparecer o sofisticado computador branco que transporta o símbolo de tão apreciado fruto, a maçã. É giro e está na moda. De uma forma subliminar ou não, a marca faz-se sentir pela diferença. .

Eu tenho de congratular a marca pela estratégia de comunicação que delineou. Mas afinal que diferença é essa? Não sou o que se pode chamar uma fã da marca, nem cliente sou. Mas tenho em casa um grande fã e cliente Apple, que todos os dias me lembra que o seu computador é melhor do que o meu. Para ser sincera, não possuindo aptidões que me permitam confirmar a afirmação, para mim tanto faz.

No entanto, à primeira vista, é possível notar diferenças que transmitem ao cliente Apple (nomeadamente Macintosh) sentir-se "especial". O packaging é elegante e discreto, o objecto é sofisticado, design simples mas actual, de inspiração minimalista. Detalhes, como o cabo de alimentação e o tipo de conexão (em íman) fazem toda a diferença. Mesmo eu, que não dou importância a esses pormenores, fiquei a apreciar o conjunto, onde não falta o pano para limpar o computador.

O elevado preço tem de ser justificado (não estou a afirmar que a marca não apresenta uma relação justa qualidade/preço) . Mas este é mais um elemento diferenciador da marca: o preço. O facto de ser mais elevado não permite a qualquer pessoa ser cliente da marca. De novo o sentimento de ser "especial" ao comprar um produto Apple.

Em visita à loja da Apple em NY pude constatar que nos EUA a euforia pela marca é muito superior à que se regista em Portugal. A loucura total! Vendem-se produtos, ministram-se aulas, esclarecem-se dúvidas... Uma panóplia imensa de produtos da marca em todo o espaço e claro, muitos voyeurs como eu.

Consigo entender o sucesso da marca junto do seu público externo (clientes), gostaria de saber se o público interno também apresenta o mesmo grau de satisfação. O que não consigo é explicar como é possível que em tempo de crise económica internacional se esgotem telemóveis de valor superior ao ordenado mínimo nacional. Afinal estamos em crise ou não? Parece que esta conversa da crise é mesmo isso, só conversa, apesar de diariamente lermos na comunicação social dados que reflectem um cenário negro. Ou isso ou alguém conseguiu "escapar" à crise...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

"Aceitar missões sem futuro"


Pode parecer contraditório este último post relativo à obra de Lois Frankel, se ler o anterior. Mas não. É antes um complemento. Na nossa carreira, é provável que a um determinado momento sejamos confrontados com a proposta para uma missão, diria eu, "suicida". Uma missão que não nos leva a lado nenhum e poderá prejudicar-nos a carreira.

No seu livro, Frankel refere o exemplo de uma cliente que havia sido convidada a ser transferida da sede do grupo onde trabalhava para uma empresa mais pequena e em situação deficitária no mesmo grupo. Ansiosa por mostrar capacidade de adaptação e movida pela ambição aceitou num abrir e fechar de olhos.

Após 8 meses a empresa foi vendida e a cliente de Frankel acabou por ficar numa empresa mais pequena e menos prestigiada. A leitura de Frankel é que o convite foi feito à sua cliente por três razões: 1) é mulher, 2) é nova, 3) é ingénua.

"Nunca aceite um cargo sem saber que perspectivas ele lhe oferece. Procure obter informações sobre a estratégia empresarial para o serviço ou departamento em causa, (...) as razões por que o lugar ficou vago e as potenciais saídas que oferece.
É preferível correr o risco de recusar um lugar em que outros já falharam ou que não tem interesse para a sua carreira. Só poderá escolher em consciência se fizer previamente o trabalho de casa, ou seja, obtiver o máximo de informações.
No momento de aceitar ou de recusar a proposta, pondere os seguintes factores decisivos:

1. O cargo permite-lhe manter-se em contacto com a direcção/administração
2. Apresenta-lhe a possibilidade de singrar num prazo que oscila entre um ano e um ano e meio
3. As suas aptidões excepcionais permitir-lhe-ão transformar um beco sem saída numa via de acesso rápido ao êxito (aconselho a ler a mensagem anterior)
4. O cargo permitir-lhe-á ampliar a sua rede de contactos de modo assinalável
5. Não tem nada a perder"

Pondere sempre os prós e contras antes de tomar a decisão definitiva.

E com este post chega ao fim a minha selecção de 8 erros fatais a qualquer carreira, retirados do livro " As Boas Raparigas Não Sobem na Vida" da Dra. Lois P. Frankel (uma leitura obrigatória da editora Lua de Papel, 2007).
Convido-vos agora a ler ou reler as mensagens anteriores.

Espero que estas dicas vos ajudem na vossa vida profissional, para que consigam melhorar ou aumentar o nível de comunicação no interior da empresa, a começar por vós próprios. Se o meu objectivo foi cumprido amanhã estarão a impressionar os vossos colegas com a vossa mudança de atitude face ao trabalho.

Sejam um exemplo e não esqueçam a chave do sucesso.

Desejo-vos boas carreiras!

"Recusar tarefas importantes"


Quantas vezes não sonhamos ser promovidos a um determinado cargo ou à realização de certa tarefa e quando finalmente surge a oportunidade... hummmm, não sei se estou preparada. Esta incerteza pode ser fatal na progressão da carreira.

Arrisque. Não deixe escapar preciosos convites como estes! "Quando lhe pedem para colaborar na organização de uma reunião importante, por exemplo, ou fazer a apresentação de um produto ou serviço a um cliente exigente, ou ainda para apresentar um projecto à administração da empresa, estão a atribuir-lhe tarefas honrosas e de grande visibilidade a que não pode esquivar-se" (Lois Frankel, em obra referida anteriormente).

Pela minha experiência, sei que ao recusarmos estamos a admitir que:
a) Não somos capazes de desempenhar a tarefa
b) Não temos auto-confiança
c) Gostaríamos antes de ser "promovidos" a outro cargo ou tarefa (porque a galinha da minha vizinha é mais gorda do que a minha)
d) Afinal de contas não pretende ser promovido (mesmo gostando mais de outro cargo não pode ter medo de nenhum outro), senão teria aceite e provado a si mesmo e aos outros que executar a tarefa ou cargo é "canja"

As dicas de Lois Frankel:

"Nunca recuse um convite para participar numa reunião ou intervir numa negociação (...) Estará a investir no seu futuro.
Se lhe propuserem um cargo ou tarefa novos, aceite-os. Se os outros confiam em si para desempenhar satisfatoriamente aquilo de que a incubem, não há razão para a leitora pensar o contrário.
Candidate-se a projectos que, embora envolvam riscos, sejam promissores no plano de evolução da carreira. (...)
Ofereça-se para apresentar projectos às instâncias dirigentes (...) Para obter reconhecimento, é vital dar-se a conhecer aos decisores.
Habitue-se a ver os quadros dirigentes da empresa como clientes. Aprenda a identificar-lhes as necessidades e a saber satisfazê-las."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"Ser incapaz de definir a sua imagem de marca"

Após 15 dias sem dar notícias aqui estou eu de regresso de férias, um pouco mais morena.

E de regresso também estão as dicas de Lois Frankel sobre como ser bem sucedido profissionalmente. Neste post a mensagem é sobre a imagem de marca de cada um de nós. Quando lhe perguntam "Qual é a sua principal competência?" o que responde? Se não souber responder objectivamente a esta pergunta é porque ainda não ter a sua marca definida.

Peter Montoya, responsável editorial da revista Personal Branding escreveu que "uma marca é uma promessa de desempenho que cria expectativas naqueles a quem de dirige. Definida com cuidado, ela revela de forma inequívoca os valores, a personalidade e as qualidades de quem está por trás"

Dicas de Lois Frankel:

"Elabore uma lista de três a cinco tarefas que mais prazer lhe dêem no trabalho. Regra geral, é-se muito bom quando se gosta do que se faz. Definir as suas principais competências ajudá-la-á a orientar a sua carreira na direcção certa."

Repetir em voz alta essas competências revelar-se-á útil quando precisar de expô-las fluentemente e com confiança no momento certo.

Boa sorte na definição da sua imagem de marca!