Pode parecer contraditório este último post relativo à obra de Lois Frankel, se ler o anterior. Mas não. É antes um complemento. Na nossa carreira, é provável que a um determinado momento sejamos confrontados com a proposta para uma missão, diria eu, "suicida". Uma missão que não nos leva a lado nenhum e poderá prejudicar-nos a carreira.
No seu livro, Frankel refere o exemplo de uma cliente que havia sido convidada a ser transferida da sede do grupo onde trabalhava para uma empresa mais pequena e em situação deficitária no mesmo grupo. Ansiosa por mostrar capacidade de adaptação e movida pela ambição aceitou num abrir e fechar de olhos.
Após 8 meses a empresa foi vendida e a cliente de Frankel acabou por ficar numa empresa mais pequena e menos prestigiada. A leitura de Frankel é que o convite foi feito à sua cliente por três razões: 1) é mulher, 2) é nova, 3) é ingénua.
"Nunca aceite um cargo sem saber que perspectivas ele lhe oferece. Procure obter informações sobre a estratégia empresarial para o serviço ou departamento em causa, (...) as razões por que o lugar ficou vago e as potenciais saídas que oferece.
É preferível correr o risco de recusar um lugar em que outros já falharam ou que não tem interesse para a sua carreira. Só poderá escolher em consciência se fizer previamente o trabalho de casa, ou seja, obtiver o máximo de informações.
No momento de aceitar ou de recusar a proposta, pondere os seguintes factores decisivos:
1. O cargo permite-lhe manter-se em contacto com a direcção/administração
2. Apresenta-lhe a possibilidade de singrar num prazo que oscila entre um ano e um ano e meio
3. As suas aptidões excepcionais permitir-lhe-ão transformar um beco sem saída numa via de acesso rápido ao êxito (aconselho a ler a mensagem anterior)
4. O cargo permitir-lhe-á ampliar a sua rede de contactos de modo assinalável
5. Não tem nada a perder"
Pondere sempre os prós e contras antes de tomar a decisão definitiva.
E com este post chega ao fim a minha selecção de 8 erros fatais a qualquer carreira, retirados do livro " As Boas Raparigas Não Sobem na Vida" da Dra. Lois P. Frankel (uma leitura obrigatória da editora Lua de Papel, 2007).
Convido-vos agora a ler ou reler as mensagens anteriores.
Espero que estas dicas vos ajudem na vossa vida profissional, para que consigam melhorar ou aumentar o nível de comunicação no interior da empresa, a começar por vós próprios. Se o meu objectivo foi cumprido amanhã estarão a impressionar os vossos colegas com a vossa mudança de atitude face ao trabalho.
Sejam um exemplo e não esqueçam a chave do sucesso.
Desejo-vos boas carreiras!
quarta-feira, 16 de julho de 2008
"Aceitar missões sem futuro"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário