Se esta é uma das perguntas para as quais ainda não encontrou resposta as notícias são boas: os Blue Man Group comunicam-lhe da forma mais divertida como ser uma super estrela. Depois de assistir ontem ao espectáculo interactivo deste grupo posso afirmar que se quer passar cerca de 1h30 de pura diversão não perca a oportunidade de vê-los em palco.
Um espectáculo multimédia - de imagem, som, vídeo, luz, cor - onde não falta música, comédia e teatro. Onde a audiência é chamada a intervir mesmo antes da entrada em palco dos artistas. Onde se brinca com as percepções e sensações. Onde somos alertados para a importância dos nossos sentidos na transmissão de mensagens fortes e cheias de significado, mas que talvez não atinjam uma boa parte do público. Varas e canos são utilizados para provocar sons e música, painéis digitais transmitem informação aos nossos olhos, desde simples cores, símbolos, palavras, textos que nos levam a gritar, a bater palmas ou a levantar os braços.
A comunicabilidade é demasiado forte e por isso os Blue Man Group fazem questão de interagir constantemente com a audiência. Não é possível adormecer neste espectáculo! Sim, porque os Blue vão ter consigo levando uma câmara de vídeo a transmitir em directo no ecrã gigante e com toda a certeza que não o deixarão continuar de olhos fechados. Excelente para fazermos um pouco de exercício físico e mental ao ponto de terminarmos com vontade de continuar e continuar!
As mensagens fortes, que atrás referi, são como que informações subliminares nas letras das músicas e nas imagens que visionamos. O nosso quotidiano fabrica pessoas perdidas de si mesmas, que se encontram presas a uma máscara de ferro, que lhes permite resistir ao trabalho que não gostam, aos amigos falsos, à família distante, à própria solidão. A grande mensagem é esta: libertem-se! E só assim conseguirão ser uma megastar. E é precisamente isso que os Blue Man Group conseguem no final do espectáculo: a libertação do indivíduo na audiência.
Aconselho vivamente Blue Man Group!
segunda-feira, 30 de março de 2009
How to be a megastar?
terça-feira, 24 de março de 2009
MTV apela à mudança de hábitos
Numa altura em que as marcas estão todas a mudar ou a adaptar as estratégias de comunicação no sentido de serem ecológicas ou amigas do ambiente, a MTV lança o portal que se dedica inteiramente a este assunto.
Presente nas redes MySpace e Facebook, neste sítio é possível participar em concursos de objectos produzidos a partir de lixo, ajudar animais em perigo, ver vídeos ecológicos, participar no blogue e ainda obter dicas importantes para tornar o dia-a-dia mais "verde".
Uma das partes mais importantes é o calculador de carbono. Este teste à eficiência na (não) utilização de grande parte dos electrodomésticos, que diariamente não dispensamos, serve para medirmos as nossas emissões de carbono anuais. Façam o teste, demora um minuto e o resultado pode ser surpreendente!
segunda-feira, 16 de março de 2009
Rainha da comunicação
A visita dos Reis da Jordânia a Portugal é hoje notícia de relevo nos principais jornais diários. Mas nesta mensagem apenas quero realçar o papel da Rainha Rania. É que de todas as notícias que já ouvi e já li acerca da sua pessoa e do seu trabalho em nenhuma encontrei uma crítica negativa. Os mais rigorosos jornalistas rendem-se aos encantos e qualidades da Rainha (algo muito raro) e os fotógrafos não querem perder um único ângulo.
Neste momento encontro-me a assistir em directo ao seu discurso na Assembleia da República, via TV.
A força, confiança, segurança, elegância e beleza que Rania da Jordânia transmite são inigualáveis. E são extremas! E não há ninguém que consiga provar o contrário. Rania é uma "mulher e pêras", para utilizar uma expressão popular que não faz jus a tudo o que a Rainha é e o que representa.
Ao escutar o seu discurso posso constatar que para além de ser uma comunicadora exímia, Rania é igualmente uma fonte de inteligência. A sua imagem é o reflexo do seu imenso interior. A união entre as culturas ocidental e oriental, terminar com a iliteracia e fortalecer o papel da mulher na sociedade são alguns dos objectivos da Rainha, que consegue deitar por terra alguns estereótipos criados pelo ocidente relativamente à cultura árabe. Uma defensora das mulheres que acima de tudo apela ao diálogo social, entre diferentes religiões, diferentes países, diferentes raízes.
"Temos de explorar para além das nossas fronteiras culturais"
"Quero usar a internet para aproximar o ocidente do mundo muçulmano"
Citações do discurso de Rania, um discurso aplaudido de pé fervorosamente. Não há pessoa que consiga ficar indiferente perante a sua presença e perante a forma como consegue transmitir as suas mensagens.
Por favor, uma vénia à Rainha da comunicação!
quinta-feira, 12 de março de 2009
Para chorar de vergonha - Eduardo Prado Coelho
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não seria bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a esperteza é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal e se tira um só jornal, deixando-se os demais onde estão. Pertenço ao país onde as empresas privadas são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos...e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se defrauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde:
- a falta de pontualidade é um hábito
- os directores das empresas não valorizam o capital humano
- há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo na rua e, depois, reclamam do governo de não limpar os esgotos
- as pessoas se queixam que a água e a luz são serviços caros - não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem "que é muito chato ter de ler") e não há consciência nem memória política, histórica e económica
- os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro enquanto a pessoa sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. Um país no qual que a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país em que fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quando eu digo o quanto Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como matéria prima de um país temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa "chico-espertice portuguesa" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, eleitos por nós. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá de continuar a trabalhar com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados...igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como nação então tudo muda. Não esperemos acender uma vela a todos os santos a ver se nos mandam um Messias....
Nós temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e estou seguro de que o encontrarei quando me olhar no espelho. Aí está, não preciso de procurá-lo noutro sítio.
E você o que pensa?... Medite!
Eduardo Prado Coelho in Público
Uma leitura deveras interessante e que nos faz questionar se de facto queremos ser assim retratados.
terça-feira, 10 de março de 2009
E porque não?
Quando pensava que já tinha visto alguns grandes disparates em publicidade continuo a ficar surpreendida. E desta vez nem sei se o anúncio é ou não um perfeito disparate. Talvez nem o seja. Porque razão não deverão os cemitérios anunciar os seus produtos/serviços? E obviamente terão de fazê-lo enquanto as pessoas estão bem vivas (é que "do outro lado" torna-se complicado poder escolher...).
O que nunca me passaria pela cabeça era colocar umas bailarinas a sambar como forma de embelezar e tornar atractivo o cemitério. Só no Brasil! Valha-nos os cemitérios dos nossos irmãos do outro lado do Atlântico serem bem diferentes dos portugueses. O espaço é enorme (80 mil metros 2), equipado com capela ecuménica, parque de estacionamento, segurança 24 horas/dia, lago e viveiro de pássaros. Já estou a ficar convencida que o Jardim da Eternidade é o sítio ideal para a última morada.
E a cereja no topo do bolo: todas estas regalias por uma pechincha e ainda com a oferta da lápide personalizada!
Honestamente, penso que em Portugal isto não aconteceria pois seria considerado uma afronta à moralidade católica. Tudo depende da forma como cada cultura encara a morte, um tema particularmente difícil.
Mas sejam sinceros: no final de contas não ficaram a pensar que o cemitério é mesmo um espectáculo?
segunda-feira, 2 de março de 2009
Comunicar... Comunicando! na IM MAGAZINE
É com enorme prazer que informo que a partir de hoje podem seguir-me através da IM MAGAZINE, uma revista virtual extremamente rica de conteúdos que se dedica ao que melhor se faz no mundo para um mundo melhor. Neste sítio encontram-se artigos, crónicas, fotografias, vídeos, parcerias, blogues entre outros sobre as coisas positivas que o mundo tem e sobre o que podemos fazer para torná-lo um planeta ainda melhor.
Por isso já sabem, adicionem a IM aos vossos favoritos, subscrevam a newsletter e não deixem de me visitar!
Empreendedorismo a 100%
Nos tempos difíceis que se avizinham, ou que já moram ou lado, é preciso não ficar de braços cruzados à espera que os outros façam qualquer coisa. Por norma os outros - em entrelinhas o Governo - não vão melhorar a nossa vida só porque sim. O ideal é mesmo "pôr mãos à obra".
2009 será o ano negro do desemprego colectivo e vai ficar registado na memória pela negativa. Mas como em qualquer momento de crise e de dificuldade há sempre oportunidades à espreita. E por vezes temos mesmo de ser "apertados" para que nos lembremos que os objectivos pessoais são para serem cumpridos, assim como os objectivos comerciais/empresariais.
Existe um número significativo de empreendedores em Portugal que apenas tomaram a decisão de criar o próprio emprego após se terem defrontado com o desemprego. Isto significa que estas pessoas não tinham até então realizado esse objectivo pessoal: gerir a própria empresa. Sim, porque esta não é uma decisão leviana, tem de existir o "bicho" do empreendedorismo e um planeamento estruturado.
O portal do empreendedor surge para apoiar o potencial empreendedor na pesquisa de informação, fornecendo acompanhamento desde a fase de selecção e aperfeiçoamento de ideias até ao arranque efectivo da empresa. O objectivo é simplesmente apoiar todo o tipo de empreendedorismo, ferramenta indispensável ao bom funcionamento da nossa economia, para que seja viável no mercado. No portal é também possível conhecer alguns projectos empreendedores que deixam transparecer as boas ideias que circulam em Portugal.
E para os aspirantes a empreendedores que pensam que nunca irão conseguir criar o próprio emprego pela dificuldade crescente de acesso ao crédito esqueçam esta desculpa. A Associação Nacional de Direito ao Crédito , mais conhecida como microcrédito, existe para apoiar especificamente estes casos de empreendedores sem suporte financeiro e cujo recurso à banca por vias normais não é possível. O microcrédito tem ajudado milhares de microempresários por todo o mundo o que valeu ao seu fundador Professor Mouhammad Yunus o prémio Nobel em 2006.
O futuro não reserva mais o modelo empresarial de gigantes empregadores. A prova são as notícias diárias que anunciam mais despedimentos por parte destes. O emprego em grande escala atingiu o ponto de saturação e tornou-se insustentável. E não podemos esquecer as máquinas que continuam a substituir o trabalho humano (como previu Karl Marx).
O futuro é talvez o regresso ao passado, o retorno à pequena empresa. Contudo, a micro ou pequena empresa de amanhã deverá ter sempre presente 4 conceitos-chave: mercado, cliente, tecnologia e inovação. Só assim sobreviverá.
Por favor sigam os vossos sonhos e os vossos corações! Façam aquilo que vos faz vibrar! Sejam empreendedores e amem o vosso trabalho!