quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Branding de massas


Ontem foi-me enviado um link que remete para a página do Live Journal, um jornal virtual. Não entendo a língua que consta no mesmo mas deduzo que seja russo, ou algo parecido (perdoem-me a ignorância). Contudo, esse ponto não é importante para o entendimento da mensagem. As imagens falam por si.

São dezenas de fotografias a cores representativas do que foi o branding nazi. Foi a primeira vez que me ocorreu esta associação, mesmo após ter visto várias imagens e estudado sobre o assunto. Isto significa que alguém como Adolf Hitler já tinha bem presente a importância da marca e como activá-la junto do público, neste caso da população propriamente dita.

Mesmo não concordando com os ideais nazis, tenho de tirar o chapéu ao seu líder pela forma como conseguiu mover as massas. Em Portugal, a minha memória remete-me para o Campeonato Europeu de Futebol de 2004, em que o apelo do seleccionador fez colorir as janelas com as cores nacionais. No pós-25 de Abril não sei se algum outro movimento conseguiu atingir o país tão intensamente.

Na maioria das imagens pode ver-se bandeiras e coroas de flores de tons vermelhos, militares rigorosamente alinhados, fardas masculinas e femininas para adultos, jovens e crianças, a multidão expectante e crente, as senhoras que acenam intensamente nas paradas, e em todas elas um elemento comum: o símbolo da marca, a cruz suástica.

Não admira que com este tipo de implementação de marca as pessoas acreditem nela. A marca gerou confiança, respeito, lealdade, organização e medo. Talvez seja este o ingrediente mágico que torne o cliente fiel, realmente fiel, o facto da marca ser tão poderosa que suscita medo o simples pensamento de "mudar para a concorrência".

Ironias à parte, e claro que nao desejo que nenhuma marca se imponha à força e pelo medo, talvez os nossos antigos ditadores tivessem uma visão mais abrangente de comunicação de marca, de comunicação de um país. Parece que hoje em dia os estados vão perdendo aos poucos os traços que as caracterizam e o sentido de nação...

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