quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Branding de massas

Lamentavelmente o Live Journal retirou as fotografias referentes ao nazismo e por esse motivo não será mais possível visualizá-las. As minhas desculpas.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Branding de massas


Ontem foi-me enviado um link que remete para a página do Live Journal, um jornal virtual. Não entendo a língua que consta no mesmo mas deduzo que seja russo, ou algo parecido (perdoem-me a ignorância). Contudo, esse ponto não é importante para o entendimento da mensagem. As imagens falam por si.

São dezenas de fotografias a cores representativas do que foi o branding nazi. Foi a primeira vez que me ocorreu esta associação, mesmo após ter visto várias imagens e estudado sobre o assunto. Isto significa que alguém como Adolf Hitler já tinha bem presente a importância da marca e como activá-la junto do público, neste caso da população propriamente dita.

Mesmo não concordando com os ideais nazis, tenho de tirar o chapéu ao seu líder pela forma como conseguiu mover as massas. Em Portugal, a minha memória remete-me para o Campeonato Europeu de Futebol de 2004, em que o apelo do seleccionador fez colorir as janelas com as cores nacionais. No pós-25 de Abril não sei se algum outro movimento conseguiu atingir o país tão intensamente.

Na maioria das imagens pode ver-se bandeiras e coroas de flores de tons vermelhos, militares rigorosamente alinhados, fardas masculinas e femininas para adultos, jovens e crianças, a multidão expectante e crente, as senhoras que acenam intensamente nas paradas, e em todas elas um elemento comum: o símbolo da marca, a cruz suástica.

Não admira que com este tipo de implementação de marca as pessoas acreditem nela. A marca gerou confiança, respeito, lealdade, organização e medo. Talvez seja este o ingrediente mágico que torne o cliente fiel, realmente fiel, o facto da marca ser tão poderosa que suscita medo o simples pensamento de "mudar para a concorrência".

Ironias à parte, e claro que nao desejo que nenhuma marca se imponha à força e pelo medo, talvez os nossos antigos ditadores tivessem uma visão mais abrangente de comunicação de marca, de comunicação de um país. Parece que hoje em dia os estados vão perdendo aos poucos os traços que as caracterizam e o sentido de nação...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Vegetais demasiado "quentes"



"Veggie Love" é o mais recente anúncio da PETA criado para a famosa Super Bowl nos EUA e que foi proibido pela cadeia televisiva NBC aparentemente pelo cariz sexual demasiado explícito. Pessoalmente aprecio certos vegetais servidos frios mas outros prefiro bem quentes!

Neste anúncio surgem esbeltas figuras femininas, em lingerie bastante sexy, a adorarem de uma forma apaixonada bróculos, espargos, abóbora, etc. Num ambiente intimista os vegetais conseguem atribuir prazer a estas modelos. É o amor aos vegetais. O cariz sexual existe, é certo, mas nada que fira as susceptibilidades. Desta forma o anúncio tem a garantia que irá ser visto e apreciado por milhões de pessoas. Nada como aliar o sexo às audiências, o velho cliché muito bem representado neste anúncio.

Um "normal" anúncio a vegetais nada tem de "picante" e habitualmente não é tão apelativo e atractivo como este consegue ser. Tiro o chapéu a quem teve a ideia de combinar o poder da sedução com o da força da mensagem. Uma mensagem dirigida ao público adulto, está claro, aquele que decide a lista de compras para a casa, que decide se vamos ingerir alimentos saudáveis ou não.

A peça afirma que os vegetarianos têm sexo de melhor qualidade. Será esta a causa da sua proibição? Será que quem come carne e peixe sentiu alguma espécie de ameaça? Oficialmente não mas nunca se sabe...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Pomegranate - O futuro nas nossas mãos

E se de repente um pequeno aparelho pudesse concretizar algumas das nossas necessidades e desejos quotidianos? Aposto que interessados não iriam faltar!

Um telemóvel all-in-one que nos resolvesse uma série de detalhes como por exemplo projectar as nossas apresentações nas reuniões, que nos traduzisse qualquer língua permitindo-nos comunicar em qualquer parte do mundo e que até nos fizesse o café!

Tão inovador que até permitisse barbear e animar os colegas ao som da harmónica!

Eu quero um super-telemóvel assim!

E se de repente nos fosse oferecida a possibilidade de ter uma vida melhor? De viver num local que nos oferecesse tudo aquilo que precisamos?

Sem sombra de dúvida, esta é uma das melhores estratégias de marketing que já vi!

Cliquem, explorem o Pomegranate NS08, divirtam-se e sonhem! Quando terminarem sejam bem-vindos no mundo real e à Nova Escócia.

Boa viagem!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vai uma pausa?

Tem de clicar para descobrir. Diferente, original, simples, interactivo (pouco) mas o objectivo foi cumprido.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Viver e ser feliz

À primeira vista o post não assume relação com o blogue. Mas se lerem ao fim irão perceber porque está relacionado com a comunicação e a gestão das relações sociais.

Demasiadas vezes me questiono sobre o facto de o ser humano gostar de complicar o simples acto de viver. A minha mãe sempre me disse "viver não custa, o que custa é saber viver". Mas afinal o que é saber viver? Significa que andamos a tentar perceber como se vive? Que afinal nós não "vivemos"?

Não ignorando o aperfeiçoamento ou a excelência eu VIVO e procuro a felicidade em cada minuto do meu dia. Isso faz-me sentir bem, sentir VIVA (passo a redundância).

As palavras que se seguem são da autoria do jornalista João Pereira Coutinho e por considerá-las fundamentais na regência das nossas vidas aqui as publico.

"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.

Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"